O que a vida quer da gente é coragem

Adriana Ferrareto - Edição #010

Dia desses me dei conta que completei 13 anos com minha empresa de Desenvolvimento Humano. Resolvi fazer um post nas minhas redes sociais Instagram e Linkedin para compartilhar, contando brevemente a minha tragetória, escolhas e renuncias.

Foi um exercício muito interessante, pois do alto dos meus 53 anos de idade, fazendo a engenharia reversa dos fatos ocorridos, percebo que quanto mais envelheço, vou ficando mais consciente de como quero conduzir minha carreira e vida.

Ja faz um bom tempo que estou mais presente no sentido de prestar atenção ao que escolho entrar na minha vida ou deixar de fora. Isso exige coragem.

Evidente que falo de um lugar de muitos privilégios, o que me permite fazer isso. Tenho um trabalho que me dá essa flexibilidade de “escolher”, me organizo com dinheiro de forma que eu possa minimamente aceitar ou não certos projetos.

Mas não significa que mesmo tendo essas condições favoráveis, faremos bom uso desse recurso que é a escolha consciente.

Quando estou no piloto automático, percebo que não necessariamente faço escolhas, apenas respondo as demandas que aparecem, por isso falo aqui que tenho aprimorado essa coisa de perceber bem o que me aparece pela frente, e como quero lidar com a situação.

Mas antes de falar mais sobre escolhas, quero trazer a reação das pessoas ao meu post e dividir com vocês alguns insights que tive:

Quando suas escolhas valem a pena

Esse comentário acima me trouxe a reflexão se mesmo tantos anos depois trabalhando em desenvolver pessoas, continuo conectada com o que importa para mim.

Quando ele gentilmente diz “esse caminho que é muito mais do que uma relação comercial com seus clientes e cura mais do que os remédios que vendia antes, pois cura a alma” me fez pensar que de fato, meu desejo é tornar o trabalho e o ambiente onde trabalhamos, mais saudáveis.

E foi um cliente muito querido, que há anos fez um treinamento de liderança junto com os gerentes e diretores de uma empresa na época. Ele é disposto a fazer as mudanças necessárias, buscar autoconhecimento, assumir seus talentos e sombras, fazer conscientemente suas escolhas e renuncias.

Fico muito grata quando pessoas como ele cruzam meu caminho. Esse é o tipo de pessoa com quem vou querer trabalhar sempre. O mesmo ocorre com as pessoas a seguir.

Pena não dar para trazer todos os comentários com inúmeras outras pessoas que amei trabalhar esses anos todos…

Esses comentarios também me trouxeram lembranças de trabalhos realizados há anos e fico muito feliz de perceber como o impacto de nossas conversas continuam reverberando tantos anos depois.

Mas note, são pessoas que assumiram a responsabilidade de usar o conhecimento que transferi, eu fui apenas um ponto de apoio, eles fizeram todo o trabalho intenso de aplicar em suas vidas.

Por isso, me enchem de alegria, mas acima de tudo, me mostram que o êxito vem de uma combinação de fatores: essas pessoas todas que me encontraram/escolheram em suas trajetórias de vida tem algo em comum, desejam ser melhores a cada dia.

O que ainda me motiva depois de tanto tempo

Continuo querendo trabalhar com pessoas com valores pessoais semelhantes aos meus, que acreditam que é possível focar no que as pessoas tem de melhor.

A cada vez mais, escolho poder trabalhar com empresas que estão engajadas em implementar mudanças na gestão de pessoas, para que possamos transformar o lugar do trabalho em solo fertil e de boas colheitas.

Vou citar apenas um exemplo:

Programa TRANSFORMA de lideranças 2024

Comecei esse ano o Programa Transforma de Liderança, com diretores e gerentes da empresa Arteche com esse time engajado.

O legal desse projeto, é que além dos diretores e comitê, estamos trabalhando com os coordenadores também. Assim, falamos o mesmo “idioma” sobre gestão de pessoas baseado em Pontos Fortes, em vários níveis.

Isso é muito estratégico, pois eles podem conversar entre si, alinhados com as estratégias do RH e todos unidos, buscarem desenvolver o melhor da liderança.

aqui a turma de coordenadores

Foi olhando para esses registros desse semestre que me lembrei que escolhi fazer algumas mentorias com CEO´s em seguimentos do mercado que eu ainda não havia atuado.

O comportamento humano é o mesmo, mas cada mercado tem suas peculiaridades e desafios, o que amplia muito minha percepção de negócios e de como gerir pessoas contemplando esses desafios e peculiaridades. Isso também me motiva.

Escolhi navegar nesses lugares novos, pois tenho uma característica de querer sempre aprender, mesmo que eu já atue há tantos anos no trabalho que realizo.

alguns poucos recortes desses atendimentos

Como nem tudo são flores…

Nesses mais de 20 anos trabalhando com pessoas, sendo 13 deles com minha própria empresa, já lidei com gente super bacana, como mencionei acima, mas também já tive de lidar com pessoas com comportamentos muito difíceis e um conceito de ética, muito elástico, digamos assim.

trecho que anotei sobre a normose

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