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De que valem nossos talentos, por mais grandiosos que sejam, se não soubermos como usá-los?
Adriana Ferrareto - Edição #015
Esta é a sua newsletter semanal, enviada geralmente aos domingos, trazendo reflexões, provocações e descobertas sobre o desenvolvimento pessoal e profissional. Um espaço dedicado a quem busca explorar e maximizar seus talentos, transformando a maneira como vive e trabalha. Seja bem-vinda(o) a um momento de pausa e inspiração.
Permita-me começar com uma indagação que talvez já lhe tenha ocorrido em noites de insônia ou preocupação com sua carreira: de que valem nossos talentos, por mais grandiosos que sejam, se não soubermos como usá-los?
Não basta sermos possuidores de certas aptidões. É preciso saber o que fazer com elas – manejá-las como ferramentas de precisão ou, então, arriscamo-nos a deixá-las inertes, como jóias em um baú que nunca se abre.
E, como costumo dizer, o êxito não está em simplesmente ter talentos, mas em saber utilizá-los com maestria no dia a dia.
Nesse ponto, entramos na trajetória de Simon Sinek, figura pública e reconhecido escritor, cujo nome já deve ter cruzado suas leituras, ou quem sabe, seu LinkedIn. Um homem de ideias, é verdade, mas, sobretudo, um homem que sabe usar seus talentos.
Famoso por sua palestra no TED sobre o conceito de "POR QUÊ", vista mais de 60 milhões de vezes, e por seu vídeo sobre a geração Y no trabalho, que teve 80 milhões de visualizações na primeira semana.
Sinek não é apenas um líder influente porque tem boas ideias, ele é um líder porque soube como explorar e maximizar seus cinco talentos — Ideativo, Futurista, Estratégico, Comunicação e Restauração — para moldar uma carreira que inspira milhões.
Eis a razão pela qual, proponho hoje, um pequeno estudo sobre o caso de Simon. Não para nos deleitarmos apenas com suas metodologias e teorias – dessas o mundo corporativo já está repleto – mas para percebermos como ele utiliza seus talentos de forma estratégica, levando-nos a refletir sobre como podemos fazer o mesmo.
Ao fim desta leitura, espero que você se sinta inspirado a três coisas: descobrir quais são seus talentos, valorizar essas aptidões, e, finalmente, usá-las com a destreza que só os que dominam o uso dos talentos conseguem alcançar.
Agora, façamos uma pausa para afivelar os cintos e mergulhar nos talentos deste autor tão importante.
O Círculo Dourado: A Pergunta que Nem Todos Fazem
Você já se viu preso ao automatismo do cotidiano, realizando tarefas em uma repetição quase mecânica?
Talvez já tenha se perguntado porque faz o que faz, ou quem sabe, esteja tão afundado em obrigações que essa pergunta nunca lhe tenha ocorrido. E aqui surge Simon Sinek, com sua teoria provocativa do Círculo Dourado, desafiando essa correnteza.
Para Sinek, as empresas – e ouso dizer, os indivíduos – geralmente começam pelo o quê fazem. Mas é aí que reside o erro.
O centro da questão, segundo Simon, está no porquê. Por que fazemos o que fazemos? Essa pergunta, tão simples à primeira vista, revela uma profundidade que muitos evitam encarar.
O Círculo Dourado propõe três camadas: o porquê, o como e o o quê. A maioria começa pelo fim – pelo o quê, a parte mais tangível, mais fácil de explicar.
Vendem produtos, prestam serviços, e pronto. Mas Simon, com uma calma quase provocativa, nos convida a inverter essa ordem.
A verdadeira liderança, aquela que inspira, começa pelo porquê. Ou, como ele nos pergunta: “Por que você levanta da cama todas as manhãs?” Antes que você responda: “para pagar os boletos”, é para além disso esse questionamento.
Eis o verdadeiro desafio. Em meio a tanta pressa e correria, quantas vezes você se permitiu fazer essa pergunta a si mesmo?
Quantas empresas não se perdem no caminho porque, afogadas em relatórios e metas, esquecem do que realmente importa?
Para Sinek, o porquê é o centro, a base de tudo, e sem ele, os outros dois – o como e o o quê – se tornam meros ecos vazios, desprovidos de substância.
Tendo trazido resumidamente o conceito do Simon, vamos aos talentos dele.
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